Filme

Ficha Técnica

Título no Brasil: Giordano Bruno

Título Original: Giordano Bruno

País de Origem: França / Itália

Gênero: Drama

Tempo de Duração: 114 minutos

Ano de Lançamento: 1973

Direção: Giuliano Montaldo

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Sobre o Filme [Spoiler a frente]

O Filme retrata os últimos anos da vida de Giordano Bruno (entre 1592 e 1600) abordando o processo inquisitorial, passando pela tortura que ele sofreu e culminando em sua morte na fogueira sob a acusação de heresia pela Igreja.

É possível perceber em diversos diálogos entre os cardeais os métodos ardilosos que eles propõem a fim de defender seus ideais e sufocar o alcance de ideias que ousassem afrontar os dogmas ditados pela Igreja.

Apesar das diversas acusações contra Bruno, a sua morte teve um objetivo muito mais de servir com o exemplo, devido a perda de força e prestigio da Igreja. Era importante para a Igreja punir alguém que era conhecido e admirado na Europa e pelos jovens sacerdotes da Igreja. Lembremos que a historia está repleta de exemplos de filósofos que ou abjuraram ou esconderam as suas obras da Igreja Católica com medo de serem queimados vivos. Entre os casos mais conhecidos podemos citar Galileu Galilei (1564-1642) e René Descartes (1596-1650).

Note-se que Giordano não tinha realizado qualquer experimento ou obtido prova daquilo que escrevera. Tudo o que ele escrevia e defendia eram ideias e pensamentos filosóficos, os quais atormentavam os clérigos. A Igreja por sua vez temia que estas ideias transcendessem aquela época. Hoje temos a prova de que Giordano foi feliz, de certa forma, em suas predições de inumeráveis mundos, cada um com o seu sistema solar e a Igreja também de que essas ideias se propagariam com o tempo.

Mesmo com todas as ideias do filósofo que desafiavam e perturbavam a Igreja, o motivo pelo qual se deu a sua prisão foi a denuncia do seu aluno, Giovanni Mocenigo, cuja intenção era aprender as “artes mágicas”, pelas quais Bruno era conhecido e erradamente interpretado, visando o seu uso para vantagens próprias e econômicas. Ao descobrir que Bruno não o ensinaria, Mocenigo o trancafia em sua residência e o denuncia à Inquisição veneziana, que o prende em 23 de maio de 1592. Ele é transferido para Roma, processado, torturado e queimado vivo em 1600.

Giordano Bruno tinha uma personalidade muito forte e esta talvez tenha sido a principal contribuição de sua condenação. Segue o que Bruno teria dito aos seus algozes depois de ouvir a sentença:

“Talvez vosso medo de impor-me esta sentença seja maior do que o meu de aceitá-la.” (Maiori forsan cum timore sententiam in me fertis quam ego accipiam) (WHITE, 2003, p. 21).

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